'Guerra de procuração': entenda o envolvimento de Rússia, China e EUA no conflito Israel x Irã
Ricardo Cabral, especialista em segurança e estratégia internacional, analisa interesses das grandes potências em guerra no Oriente Médio
Conexão Record News|Do R7
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, mandou um recado para os Estados Unidos ao afirmar que a assistência militar direta de Washington a Israel poderia desestabilizar radicalmente a situação no Oriente Médio. Nesta terça-feira (17), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia já havia dito que os ataques israelenses são ilegais e defendeu a diplomacia como solução para o conflito. O presidente Vladimir Putin, que assinou um tratado de parceria estratégica com o Irã em janeiro, pediu o fim das hostilidades entre os dois lados.
Em entrevista ao Conexão Record News, Ricardo Cabral, especialista em segurança e estratégia internacional, explica que o aviso da Rússia é uma espécie de advertência aos Estados Unidos, apesar dos russos também terem invadido a Ucrânia de forma ilegal. Apesar do aviso, Cabral explica que China e Rússia já estão envolvidas pelo envio de armamentos que Teerã está usando no conflito.
Na visão do especialista, essa será uma “guerra de procuração”, com o Irã apoiado por Rússia, China e Índia, e, na outra parte, Israel defendido por EUA e alguns países da Europa, como Alemanha e Reuno Unido. Para os países orientais, há uma busca na expansão das rotas comerciais para o Golfo Pérsico. No caso dos europeus, há um temor de futuros ataques, como na Alemanha, que entra no raio de alcance dos mísseis iranianos. “Ninguém está interessado que a guerra prossiga, mas ninguém que ver o seu aliado derrotado”, conclui Cabral.
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