Horário de verão é vantajoso porque ele 'desloca o pico da demanda', explica diretor da ABCE
ONS lançou um relatório que indica possíveis problemas de energia nos momentos de maior consumo
Conexão Record News|Do R7
O sistema elétrico brasileiro deve apresentar problemas de suprimento, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). De acordo com documento do órgão, os problemas podem ocorrer nos horários de pico, principalmente no final do dia. Para o ONS, pode haver necessidade da utilização de usinas térmicas flexíveis para atender a demanda nesses horários, com a adoção de medidas alternativas.
Uma das soluções recomendadas pelo órgão seria o horário verão, que passará por avaliação com as projeções dos próximos meses. O documento também aponta que a geração de energia no país cresceu, puxada, principalmente, pelas fontes de energia intermitentes, como a eólica e a solar.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (10), Alexei Vivan, diretor-presidente da ABCE (Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica), explica que, apesar de algumas reclamações, a vantagem da modalidade é a preservação do sistema elétrico nos horários de pico de demanda, geralmente ao fim do dia, momento que há um número maior de consumo e que a eólica e a solar saem do abastecimento.
“Não tem aquela coincidência de as pessoas ligarem os seus chuveiros, a luz das casas, a geladeira abrir e fechar. Então, você consegue prorrogar um pouquinho ou distensionar a rede elétrica”, afirma o executivo.
Com a maior necessidade de energia para suprir a demanda momentânea, pode ocorrer a utilização das termoelétricas, que são mais caras e também apresentam riscos na transmissão. Vivan ilustra que o grande desafio é encontrar uma técnica de substituir em um curto período uma quantidade grande de carga de energia de uma fonte para outra, sem correr o risco de sobrecargas, falhas e queda do fornecimento em alguns pontos.
“Porque uma falha de energia, dependendo do tempo que você fica sem energia e da região em que ela ocorre, ela pode trazer efeitos drásticos e muito negativos, prejuízos grandes. Então, é sempre essa questão de colocar na balança a gente ter uma energia barata, mais barata e limpa, e garantir o suprimento energético, a segurança no abastecimento”, completa.
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