Trump que atrasar transição energética taxando equipamentos solares asiáticos, analisa especialista
Tarifas ao Camboja chegam a 3.521%; presidente teria como objetivo favorecer indústria americana e alavancar consumo de gás liquefeito
Conexão Record News|Do R7
Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (21), novas tarifas sobre importações de equipamentos de energia solar de alguns países asiáticos. O Camboja é o mais afetado, com taxas em até 3.521%. Vietnã e Tailândia terão alíquotas de 395,9% e 375,2%, respectivamente, enquanto a Malásia será taxada em 34,4%.
O governo americano justificou a medida com a alegação de que uma investigação mostrou que empresas recebiam subsídios e exportavam itens para o país com preços inferiores ao custo de produção. Solicitada por fabricantes solares americanos, a análise foi iniciada ainda na gestão de Joe Biden.
Em entrevista ao Conexão Record News, o analista internacional Vladimir Feijó pontua que o atual presidente, Donald Trump, tem dois objetivos com a medida — favorecer as indústrias americanas e alavancar o consumo de gás liquefeito nos Estados Unidos.
“Trump pretende fugir um tanto da matriz de produção de energia limpa, e favorecer a produção através do carvão e do gás, que ele vê como uma grande fonte de renda dos Estados Unidos. E diante da elevação dos custos para vender para os europeus, que colocaram sobretaxa para o produto americano, ele pretende que isso seja desviado para o consumo interno”, diz.
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