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Cúpula entre Rússia, China e Índia propõe ‘multilateralismo alternativo’, diz especialista

Vladimir Putin, Xi Jinping e Narendra Modi se reuniram na cidade chinesa de Tianjin; líderes discutiram o fim da guerra na Ucrânia

Conexão Record News|Do R7

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Durante a cúpula de segurança entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, o presidente chinês Xi Jinping e o indiano Narendra Modi, na cidade chinesa de Tianjin, o líder russo disse que a questão da expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para o leste teria que ser abordada para que houvesse paz na Ucrânia.

Xi pediu uma oposição à mentalidade da Guerra Fria e defendeu o multilateralismo, as Nações Unidas e a Organização Mundial do Comércio. Ao comentar a guerra na Ucrânia, Modi declarou que deseja que as partes terminem o conflito o mais rápido possível e encontrem uma paz estável.

“Acredito que o fato mais simbólico foi o gesto de unidade. Putin, caminhando com Modi até Xi, transmite uma imagem de triângulo estratégico. Esta cena pública vai além da diplomacia habitual. É a consolidação de um eixo e coloca China, Rússia e Índia lado a lado, propondo um multilateralismo alternativo à arquitetura ocidental buscada pelos Estados Unidos da América”, diz Kleber Galerani, professor de direito e relações internacionais, em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (1º).

"Nós estamos diante de uma manobra habilidosa. Putin requer a legitimação de suas demandas, em particular a resistência inteira à Otan à porta da sua casa, enquanto se fortalece um bloco geopolítico com trajetória independente. A grande questão agora é se esta retórica pode se transformar efetivamente em diplomacia real, com chuteiras de campo, ou seja, se será apenas mais um palco de tensões criadas para suprimir o verdadeiro cerne do conflito ou um palco para cooperação frente ao Ocidente", completa.

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