Cidades brasileiras ‘não têm feito dever de casa’ para evitar inundações; veja análise
Especialista em saneamento aponta que planejamento de longo prazo pelos prefeitos é necessário para conter impactos das chuvas em meio às mudanças climáticas
Conexão Record News|Do R7
Segundo Luana Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil, o país tem avançado pouco na questão do tratamento das águas pluviais. Segundo pesquisa do instituto, até 2023, um terço dos municípios brasileiros não possuía estrutura necessária para drenar e coletar a água das chuvas.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (23), a especialista aponta que, a exemplo do que ocorreu no Rio Grande do Sul em 2024, com a inundação de diversas cidades pela cheia dos rios, o cenário mostra que as cidades brasileiras “não têm feito o dever de casa” para evitar os impactos das inundações. Além do prejuízo financeiro, com a destruição de imóveis, 3.500 pessoas morreram entre 1991 e 2023 em decorrência de desastres hidrológicos.
Para Luana, as gestões municipais, geralmente, ignoram o problema da drenagem de águas e preferem investir em outras obras de infraestrutura. “Só 3,2% dos municípios informaram contar com o sistema de tratamento das águas pluviais. Por que os gestores municipais não olham para isso com mais carinho? [...] Na drenagem urbana, a gente só sente necessidade quando a catástrofe acontece”, aponta a especialista.
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