É muito difícil essa situação beneficiar qualquer país, afirma economista sobre guerra comercial
Governo americano anunciou sobretaxas de 50% contra Pequim, totalizando tarifas de 104%
Conexão Record News|Do R7
O prazo dado pelo presidente americano, Donald Trump, para a China recuar a retaliação aos Estados Unidos na imposição de taxas de 34%, anunciadas na última sexta-feira (4), venceu às 13h (horário de Brasília) desta terça-feira (8). Com o não retrocesso de Pequim, Trump aumentou com sobretaxas de 50% em resposta, chegando a 104% no total.
Em entrevista ao Conexão Record News, o economista Miguel Daoud explica que as retaliações dificilmente trariam vantagens à China, uma vez que o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA equivale a quase 30% do planeta, sendo pouco possível o país asiático compensar os valores das compras americanas.
Daoud também questiona o quão favorecido o Brasil poderia sair em um aumento nas relações comerciais com a China. “Até que ponto o Brasil, tendo uma relação maior comercialmente com a China, pode ser melhor que as consequências de uma grande recessão mundial?"
Outro ponto levantado pelo economista é o impacto aos Estados Unidos, sendo que quase todas as empresas americanas possuem linhas de produção na China, elevando o custo de produção. “É muito difícil essa situação beneficiar qualquer país que esteja no planeta Terra, caso isso venha a se agravar”, conclui.
Veja também
Últimas