Entenda como ficam as relações comerciais no mundo com possíveis retaliações às tarifas de Trump
Decisão do presidente americano de taxar importações em 25% também deve refletir em alta de preços nos Estados Unidos
Conexão Record News|Do R7
As taxações de 25% sobre todas as importações previstas pelo presidente americano, Donald Trump, podem gerar um impacto de US$ 1,4 trilhão (aproximadamente R$ 8 trilhões, na cotação atual) na economia mundial. A decisão também deve refletir em alta de preços nos Estados Unidos.
Um estudo realizado por economistas da Universidade de Aston, no Reino Unido, examina como as retaliações forçariam mudanças complexas no comércio global, com início na América do Norte, se espalhando para a Europa e para o resto do mundo.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (2), o economista Ricardo Buso explica que movimentações de precaução às possíveis sobretaxas já estavam em análise desde a eleição de Trump. No entanto, ele destaca que a ideia do republicano de aplicar tarifas para atrair indústrias para os EUA pode levar anos para se concretizar.
Segundo Buso, a situação é mais preocupante nos casos de países que moldaram suas economias para atender a demanda americana, como México e Canadá. Já no cenário brasileiro, uma leve vantagem para os Estados Unidos na balança comercial pode fazer com que a reciprocidade em taxações por Brasília seja mais delicada.
Se aplicadas, as medidas podem ser mais negativas para o lado brasileiro, uma vez que, no comércio entre os dois países, os itens enviados pelos americanos representam 1% de suas exportações totais, enquanto os envios brasileiros para os EUA totalizam 12% dos produtos mandados para fora.
“Imagine eu retaliar tudo que vem dos Estados Unidos, sendo que grande parte da nossa importação é de adubos e fertilizantes nesse momento de preço de alimento em alta? Fica complicado, é uma decisão muito difícil de se tomar”, completa o economista.
Segundo Buso, a situação é mais preocupante nos casos de países que moldaram suas economias para atender a demanda americana, como México e Canadá. Já no cenário brasileiro, uma leve vantagem para os Estados Unidos na balança comercial pode fazer com que a reciprocidade em taxações por Brasília seja mais delicada.
Se aplicadas, as medidas podem ser mais negativas para o lado brasileiro, uma vez que, no comércio entre os dois países, os itens enviados pelos americanos representam 1% de suas exportações totais, enquanto os envios brasileiros para os EUA totalizam 12% dos produtos mandados para fora.
“Imagine eu retaliar tudo que vem dos Estados Unidos, sendo que grande parte da nossa importação é de adubos e fertilizantes nesse momento de preço de alimento em alta? Fica complicado, é uma decisão muito difícil de se tomar”, completa o economista.
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