Passamos da fase de avisos e estamos em situação de alerta, diz professor sobre mudanças climáticas
Presidência brasileira da COP30 divulgou carta propondo uma nova agenda, com 30 ações concretas divididas em seis eixos temáticos
Conexão Record News|Do R7
A presidência brasileira da 30ª COP (Conferência das Nações Unidas sobre mudança climática) divulgou uma nova carta propondo uma ambiciosa agenda de ação global. O documento detalha 30 ações concretas, divididas em seis eixos temáticos, visando transformar o balanço global em uma contribuição nacionalmente determinada em escala mundial.
Os seis eixos propostos abrangem áreas cruciais como transição energética, gestão de recursos naturais, transformação da agricultura, resiliência urbana, desenvolvimento humano e social, e promoção de capacidades como financiamento e transferência tecnológica.
Em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (20), Alexandre Magrineli dos Reis, professor de responsabilidade social e meio ambiente, explica que é fundamental esse movimento brasileiro de saída das medidas teóricas e a sugestão de planos de ação, mais operacionais. O professor destaca que, apesar de alguns avanços, há dificuldades gerais em atingir metas, como a limitação do aumento das temperaturas no mundo.
Outro ponto defendido por Reis é a realização de revisões em períodos mais curtos do balanço global — relatório que demonstra os avanços de cada país dentro de suas limitações e propostas. Segundo o especialista, a formulação de relatórios a cada cinco anos, definidas no Acordo de Paris, em 2015, é inviável no contexto atual. “Acho que a emergência climática, como está hoje, não nos permite cinco em cinco anos esse balanço do que fez e o que não fez e o quanto contribuiu para uma redução geral, uma limitação geral na emissão de carbono”, completa.
O professor ainda pontua que “precisamos tomar ações mais concretas”, em um cenário que o planeta já chegou a uma situação de alerta, com casos claros de extremos climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e queimadas pelo país. Reis exemplifica que, com o controle de queimadas e desmatamento, o Brasil já cumpriria uma grande parte dessas metas de emissão de gases do efeito estufa e poluição.
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